São cinco os nomes para uma gigantesca massa de água que ocupa mais de 70% da superfície da Terra, um organismo único chamado Oceano. Azul, verde ou turvo, de águas quentes ou gélidas, o Oceano desempenha um papel importante em nosso planeta, sendo lar de uma imensa diversidade de vida e ecossistemas.
Além de exercer importante influência no clima, permite que a Terra seja habitável e que a humanidade exista. Só estamos aqui porque há água – e cerca de 97% de toda a hidrosfera está no mar.
O que sabemos a respeito dele é quase nada. Há muito o que se descobrir. Poucos tiveram a chance de desbravar suas águas mais profundas, que superam em tamanho o Monte Everest - afinal, falar do Oceano significa tratar de grandes escalas.
Embora vasto, é finito e seus recursos são limitados. Estamos fortemente interligados aos mares e o que sai de suas águas (pescados para subsistência de famílias e comércio internacional, fármacos, petróleo e gases), mas estamos nos importando com sua conservação? Nos desconectamos da natureza de tal forma que nos esquecemos que somos parte - e não à parte - dela.
Degradação de ambientes costeiros e marinhos, lixo, excesso de plásticos, poluição e turismo desordenado são alguns dos principais problemas mundo afora. O mais grave deles também é nossa responsabilidade: emissões cada vez mais altas de gases causadores do efeito estufa, que aceleram a mudança climática e ameaçam a vida marinha (e a nossa).
É possível resolver isso tudo? Sim, e as soluções já existem, e, nós, humanos, somos a principal delas. Alinhada à Organização das Nações Unidas (ONU) que declarou o período entre 2021 e 2030 como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, a exposição "Oceano Sem Fronteiras" joga luz na necessidade de promover a conscientização global sobre as ameaças ao Oceano, e apresenta a ciência e a educação como ações assertivas pelo uso sustentável dos recursos marinhos, mantendo, desta forma, seus ecossistemas e biodiversidade.
Eduardo Carvalho - Curador da exposição